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23nov

SETOR SEGURADOR FORTEMENTE AFETADO PELA PANDEMIA COVID-19 

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SETOR SEGURADOR FORTEMENTE AFETADO PELA PANDEMIA COVID-19 


• Seguradoras com agravamento significativo do custo dos sinistros, tendo vários ramos registado um crescimento superior ao de 2019.

• A produção de seguros nacional teve uma redução significativa em termos homólogos, com destaque para o ramo Vida, que atinge mais de 40%.

• A nível mundial a indústria seguradora foi a terceira com maior queda e atualmente regista uma recuperação mais lenta em relação a outros setores.


Lisboa, 23 de novembro de 2020 - Os dados da indústria seguradora relativos ao mês de setembro de 2020 revelam que o setor foi fortemente afetado pela pandemia que se reflete já no agravamento dos custos dos sinistros. Alguns ramos registam um crescimento desses custos superior ao verificado em 2019, nomeadamente os seguros de multirriscos, de doença, de assistência no automóvel ou de crédito. Esta tendência deverá estender-se aos restantes ramos de seguros até ao final do ano. Destaque ainda para a redução da produção de seguros, em especial no ramo Vida que atinge mais de 40%. 

Para a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), esta é uma tendência global, que começa a evidenciar-se a nível nacional, um cenário que deverá agravar-se ao longo do próximo ano. O setor segurador é um dos mais afetados pela pandemia a nível mundial, atrás da Aviação e da Hotelaria – dois setores diretamente ligados ao turismo – segundo os dados recentemente divulgados no Relatório da McKinsey. 

Além destes indicadores, os impactos da crise económica no setor, revela-se também através da redução significativa nas carteiras de investimento das empresas de seguros, de quase 4% face ao final do ano anterior. Outro fator a ter em conta é a diminuição do rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) na ordem dos 6%, cifrando-se agora em 173%.

Em Portugal, o setor segurador continua a demonstrar uma importante capacidade de resiliência, e compromisso com os seus clientes, nomeadamente através das medidas de apoio às famílias, empresas e prestadores de serviços. De acordo com os dados disponíveis, existem já mais de 6 milhões os contratos a beneficiar de alterações ou de algum tipo de medida de apoio por parte das empresas de seguros. 

Além das medidas decorrentes da legislação especial aprovada, foram também voluntariamente adotadas algumas iniciativas de apoio aos clientes e a realização de alterações extraordinárias nas políticas de responsabilidade corporativa e sustentabilidade, em cerca de 70% das empresas de seguros a operar em Portugal.

O setor continua a assegurar a transferência de contribuições regulares, em diferentes áreas, como por exemplo a saúde, ao canalizar para o INEM um valor superior a 125 milhões de euros/ano ou para o Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil, para o qual são transferidos mais de 35 milhões de euros por ano.

Recentemente as empresas seguradoras decidiram prorrogar o âmbito temporal do Fundo Solidário até 30 de junho de 2021. O Fundo, no valor de 1,5 milhões de euros, destina-se a apoiar os familiares de um conjunto de profissionais que, no exercício da sua profissão ou de missão voluntária, tenham testado positivo a doença COVID-19 e, em consequência dela, tenham falecido ou venham a falecer. O Fundo concede, também, apoio adicional às pessoas que, exercendo as funções com o estatuto de voluntários no âmbito das profissões e setores.

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A Associação Portuguesa de Seguradores é uma associação sem fins lucrativos, constituída nos termos da lei para defesa e promoção dos interesses das empresas de seguros e resseguros. O conjunto dos Associados da APS representa atualmente mais de 99% do mercado segurador, quer em volume de negócios, quer em efetivos totais empregados.

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