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Conferência Anual APS 2019

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Conferência Anual APS | 05-12-2019

Discurso de Boas Vindas do Presidente da APS


Sr. Presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, Dr.ª Margarida Corrêa de Aguiar
Senhores Oradores Convidados,
Caros Associados,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,

É com enorme gosto que a todos dou as boas vindas e agradeço a presença neste 37.º aniversário da APS, que este ano assinalamos com a conferência “A Idade nunca vem só: Como responder aos desafios da Vida”.

Estamos aqui com uma audiência maioritariamente constituída por profissionais da indústria seguradora e é natural por isso que surja uma pergunta: o que é que este tema tem a ver com a indústria seguradora?

A Moodys divulgou recentemente um estudo no qual conclui que “A economia portuguesa é uma das que enfrenta maiores ameaças com o envelhecimento da população”. O mesmo estudo refere ainda que, “a menos que os governos consigam ajustar-se, implementando medidas para mitigar os efeitos do envelhecimento da população” serão de esperar “fortes abrandamentos na taxa de crescimento do PIB, aumentos mais baixos de rendimentos e aumento no fardo da dívida”.

Por outro lado, o Ageing Report de 2019 recentemente publicado pelo Eurostat, aponta para que a população de Portugal se reduza em 20% nos próximos 50 anos. E diz mais: que dentro de 3 décadas 47,1 % da população portuguesa terá 55 anos ou mais. Não é uma surpresa, temos uma taxa de natalidade das mais baixas da Europa e vivemos cada vez mais. 

E se o envelhecimento é um problema para a economia, é também um problema social e um problema individual, de cada um de nós.
Para nos ajudar a melhor compreender o envelhecimento, nas suas múltiplas facetas, convidámos um conjunto de personalidades a partilharem connosco o seu conhecimento.

A nossa Conferência está assim organizada em quatro grandes tópicos:

- um primeiro tópico, moderado pela Joana Petiz – jornalista e subdiretora do jornal Dinheiro Vivo, – contará com a presença de Luísa Lopes e Sérgio Dias, dois distintos investigadores do prestigiado Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, que nos irão dar uma perspetiva da ciência médica face ao desafio do envelhecimento;

- de seguida, ainda moderado pela Joana Petiz, teremos oportunidade de ouvir as intervenções de Judite Gonçalves, investigadora e professora da Nova SBE e também de Amílcar Moreira, Investigador Auxiliar no Instituto das Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, relacionadas com os impactos que este envelhecimento da população tem na Economia;

- o terceiro tópico será um debate sobre os desafios da sustentabilidade da segurança social visto pelos jovens, a cargo da Sociedade de Debate da Universidade de Lisboa; aqui vamos ter a oportunidade de ouvir os argumentos de um Governo e de uma oposição “muito jovem” acerca da moção que vai estar em debate;

- E o quarto tópico de agenda será um painel liderado pela jornalista e escritora Laurinda Alves, que a propósito da questão “O que significará envelhecer?”, vai conduzir uma conversa com Alexandre Quintanilha, físico e deputado da Assembleia da República, Isabel Vaz, CEO do grupo Luz Saúde e Maria Amélia Cupertino de Miranda, Presidente da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda.

A Conferência será encerrada pela Presidente da ASF, Dr.ª Margarida Corrêa de Aguiar a quem desde já agradeço a honra da sua presença.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,

É indiscutível que caminhamos em Portugal para uma sociedade mais envelhecida. Eventuais medidas públicas que venham a ser tomadas para dar resposta a este facto, como sejam por exemplo políticas públicas que incentivem mais nascimentos, ou tendentes a fomentar mais imigração, só poderão mitigar esta tendência de envelhecimento da nossa sociedade e no longo prazo.  

No fundo, o que todos queremos saber é, por um lado, se vamos continuar a viver cada vez mais tempo (ou se há limites) e como é que vamos conseguir assegurar uma maior qualidade de vida a esta população com mais idade.

Até lá temos de nos preparar para novas dinâmicas sociais e comportamentais da população em geral que condicionarão a atividade económica e as necessidades e ansiedades desta mesma população.  


O setor segurador tem hoje uma relevância económica e financeira na nossa sociedade como ocorre felizmente com outros sectores de atividade, e tem demonstrado uma enorme capacidade de adaptação aos desafios que o país enfrentou e enfrenta.
 
Somos uma indústria que tem à nossa responsabilidade a proteção de pessoas, de bens, de empresas, a gestão das poupanças dos aforradores. Temos por isso também uma missão de enorme relevo, ao nível social. 

E o setor quer ser cada vez mais um dos parceiros de soluções de médio prazo, através de uma abordagem ampla, que inclua vertentes como o envelhecimento ativo, a qualidade de vida, a integração social, e as soluções para o risco de longevidade.

Esta é uma excelente oportunidade para ouvir e participar neste debate sobre o Envelhecimento crescente da nossa sociedade, com distintos especialistas, cuja participação neste evento muito agradeço, e assim melhor compreendermos o contexto económico e social que iremos enfrentar nos próximos anos de modo a construir soluções integradas que nos permitam continuar a cumprir a nossa missão na sociedade. 

Estou certo de que será uma tarde produtiva para todos, para o sector, e para o país. 

A terminar, e fazendo fé no que dizem, que a boa disposição, o humor e o riso também contribuem para aumentar a nossa esperança de vida, convido todos a assistir no final da Conferência à gravação do Programa “Governo Sombra”.

Muito obrigado
José Galamba de Oliveira

A Associação Portuguesa de Seguradores é uma associação sem fins lucrativos, constituída nos termos da lei para defesa e promoção dos interesses das empresas de seguros e resseguros. O conjunto dos Associados da APS representa atualmente mais de 99% do mercado segurador, quer em volume de negócios, quer em efetivos totais empregados.

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