SISMO EM PORTUGAL
Lisboa, 26 de agosto de 2024 - A Associação Portuguesa de Seguradores, em representação das empresas de seguros suas Associadas, congratula-se com o facto do sismo ocorrido hoje não ter provocado danos pessoais nem materiais, mas reforça a mensagem, que tem passado ao longo de largas dezenas de anos, de que é necessário criar um sistema de proteção para o risco catastrófico que proteja as pessoas e as suas habitações.
Não estamos perante uma mera incerteza, mas sim perante um verdadeiro risco, de ocorrência certa, em momento incerto.
Em Portugal, 47% das habitações não tem qualquer seguro, 34% têm seguro de incêndio ou multirriscos, mas sem cobertura de risco sísmico e apenas 19% têm seguro com cobertura de risco sísmico. Existe, por conseguinte, um enorme caminho a percorrer para que o parque habitacional seguro tenha o mínimo de proteção contra este tipo de eventos.
Felizmente o sismo sentido hoje parece não ter originado danos, mas Portugal encontra-se numa zona sísmica e já foi seriamente afetado por um dos maiores sismos de que há registo, ocorrido em 1755 e que então arrasou parte da cidade de Lisboa e outras zonas do país.
O setor segurador, com a experiência que tem na gestão deste tipo de eventos, fruto do seu modelo de operação assente na mutualização e partilha de riscos e perdas a nível mundial, está disponível para dar o seu contributo, e já por diversas vezes apresentou ao Governo e ao Parlamento uma solução possível de proteção de pessoas e habitações.
Espera, por isso, que o sismo sentido no dia de hoje seja determinante para acelerar a decisão de criação de um mecanismo que ajude os cidadãos a enfrentar e mitigar as perdas que um sismo de grande intensidade pode causar no nosso país, contribuindo, dessa forma, para o restabelecimento da normalidade possível da vida das pessoas após a ocorrência deste tipo de acontecimentos.
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