CONFERÊNCIA ANUAL APS
“SMART LIVING – Tecnologia e Inovação no quotidiano do Futuro”
Espaço CASA, APS, 24 novembro 2021
Intervenção do Presidente da Associação Portuguesa de Seguradores
Senhor Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira;
Senhor Secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes;
Senhora Presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, Margarida Corrêa de Aguiar;
Caros Associados e Oradores Convidados,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
É com enorme prazer que hoje vos recebemos neste recém inaugurado espaço CASA – Centro de Comunicação e Aprendizagem de Seguros APS, para a realização da Conferência Anual da Associação Portuguesa de Seguradores, subordinado ao tema “Smart Living – Tecnologia e Inovação no quotidiano do Futuro”.
Como vai ser a vida de todos nós no futuro próximo é uma questão relevante para milhões de portugueses e também para o setor segurador.
O setor segurador existe para dar resposta às necessidades de segurança e proteção de cidadãos e empresas. E num mundo em acelerado estado de mudança, poder antecipar o dia de amanhã e essas necessidades de proteção e segurança é essencial para tornar o seguro cada vez mais relevante na sociedade.
Como veremos na Conferência de hoje, em todas as áreas que vamos debater, e em muitas outras, haverá sempre lugar para a intervenção das seguradoras.
É, por isso, com alguma perplexidade que constatamos, por vezes, que o papel que as seguradoras podem desempenhar é pouco reconhecido. E algumas vezes pelo próprio Estado.
Muitos dos novos riscos e desafios que as pessoas e as empresas vão enfrentar no futuro carecem, necessariamente, da rede de proteção do seguro.
O envelhecimento das populações, as alterações climáticas, as novas formas de mobilidade, o teletrabalho, a dependência, a necessidade de cuidados de saúde, a digitalização, os ciberriscos estão e continuarão a impactar de forma decisiva a vida dos cidadãos e das organizações.
O setor segurador pode ter um papel central, em parceria com o Estado, nas respostas necessárias para mitigar os riscos associados a estes desafios estruturais da nossa Sociedade – e refiro-me, a título de exemplo, ao papel que o setor pode desempenhar no estimular da poupança privada destinada a complementos da reforma, ou no papel que pode ter no desenvolvimento de um sistema de proteção de riscos catastróficos ou até no importante papel como investidor institucional em projetos de infraestruturas e sustentabilidade, entre outros.
Mas, para que o setor segurador possa ser um parceiro do Estado na resposta a estes enormes desafios é preciso um ambiente regulatório e um enquadramento legal, contabilístico, fiscal, exigente e transparente, mas suficientemente flexível, que permita às seguradoras desenvolver a sua atividade em prol daquilo que é verdadeiramente importante: a proteção, a segurança e a qualidade de vida dos portugueses.
Esta Conferência pretende, através dos testemunhos, reflexões e debates dos nossos convidados, provocar-nos e confrontar-nos com o nosso Futuro e com a nossa necessidade de proteção nesse Futuro.
Esperamos que no final desta manhã de trabalho nos sintamos todos mais capazes, mais lúcidos e mais motivados para contribuir de forma mais assertiva e mais segura, para a construção de um país melhor e capaz de proporcionar uma maior e melhor qualidade de vida aos nossos concidadãos.
Muito obrigado pela vossa presença e uma boa Conferência para todos.
José Galamba de Oliveira
Presidente da Direção da APS