X

 

Além dos desafios estratégicos de que tem que cuidar, o setor segurador permanece envolvido por uma intensa vaga regulatória e absorvido pelas múltiplas exigências que dela decorrem.

 ... Exigências que afetam as organizações de forma ampla, seja abrangendo áreas técnicas, administrativas e comerciais, seja impondo adaptações em serviços, processos e sistemas.

 ... E exigências que transportam consigo necessidades de formação imensas, nem sempre facilmente conciliáveis com as atividades regulares, mas imprescindíveis para o sucesso das adaptações, e não raras vezes impostas legalmente.

Como se não bastasse, as empresas do setor não podem descurar agora outras competências especializadas de importância estratégica para o seu desenvolvimento a médio e longo prazo, à cabeça das quais as relacionadas com a inovação tecnológica e digital, que moldará previsivelmente elementos core da atividade, como a forma de interação com os clientes, a avaliação e perfilagem de riscos ou a regularização de sinistros e controlo da fraude.

Assim como não podem descurar as suas capacidades de acompanhamento da evolução do mercado, dos riscos que a sociedade vai criando ou moldando, que serão a génese dos seguros que o setor explorará quando os souber mensurar.

É neste exigente quadro de necessidades de formação que a Academia Portuguesa de Seguros quer aprofundar as relações com as seguradoras Associadas e seus parceiros, explorar formas de cooperação com as respetivas Academias ou unidades de formação, ser sua parceira privilegiada, participar no seu sucesso, apoiar a sua atividade.

Para tal, conta com um reforço das suas capacidades: (i) de intervenção na formação intraempresa, com um corpo alargado de formadores independentes, de competências transversais e com qualificações reais e experiência prática na atividade seguradora; e (ii) de produção e distribuição de módulos de e-learning, disponibilizando já um leque variado de módulos para os principais ramos e áreas da atividade, de curta duração, independentes e acessíveis.

E conta com o presente Plano de Formação, que inclui uma oferta de formação abrangente, diversificada e aberta, fruto de uma experiência de décadas desta Academia, mas sobretudo dos valiosos contributos dos inúmeros profissionais que interagem regularmente com a Associação e, em especial, da Subcomissão Formação, que é de importância fulcral na identificação das reais necessidades do setor e dos modelos formativos preferidos.

A todos a APS agradece reconhecidamente este apoio, na certeza de que é também um apoio ao desenvolvimento das competências do setor segurador português e, por conseguinte, à sua capacidade de responder eficazmente aos desafios que permanentemente se lhe colocam.

E-learning e b-learning

Desenvolvimento de conteúdos: a APS desenvolve de raiz, com base nas necessidades do sector segurador, um conjunto de conteúdos com um formato adequado ao modelo de ensino a distância (e-Learning).

» Solução Pedagógica: os conteúdos estão organizados sob a forma de módulos. A oferta de formação a distância da APS assenta num sistema modular. A componente científica destes conteúdos (módulos) é assegurada pela APS. A APS possui nos seus quadros recursos especializados nos domínios do e-Learning.

» Solução Técnica: Na adequação destes módulos ao formato e-Learning, segue-se a metodologia específica de "Instructional Design" e, para a sua construção, é ser aplicado o protocolo técnico-pedagógico SCORM - "Sharable Content Object Reference Model", em conformidade com as especificações de interoperabilidade "conteúdo /módulo" e Learning Managment System. Num ambiente de e-Learning moderno, os conteúdos devem ser criados em componentes protocolares multiplataforma.

» Diferentes Tipologias de Cursos e-Learning: foi definido especialmente para o projeto de e-Learning da APS, uma "taxonomia base" de diferentes estilos de cursos e de níveis de Interatividade de e-Learning. Cada um dos três níveis identificados é analisado sob o ponto de vista de sete categorias específicas a cada nível (3) existindo ainda um conjunto de catorze características transversais que deverão estar presentes na abordagem aos três níveis. Esta "framework" foi baseada em "Benchmark" internacional e "Best Practices".

Modelo de Ensino e de desenvolvimento: a formação a distância da APS assenta num sistema modular. Os cursos a oferecer ao mercado são construídos através de combinações de módulos, definidas pela APS. É preferencialmente preconizado um modelo de blended-learning (Blended Multimodal), ou seja, com o apoio de ações presenciais e de outros materiais e/ou suportes. Por outro lado, o modelo de distribuição assenta em metodologias sobretudo assíncronas, embora se preveja para um futuro próximo a escalabilidade para um patamar mais avançado, em que a formação pode, em alguns casos, recorrer a metodologias de cariz síncrono.

Alinhamento de todo o procedimento com as orientações de Qualidade emanadas pela DGERT para a "Formação a Distância - e-Learning", de forma a consubstanciar a presente acreditação da nossa oferta neste formato (ponto 1.2 "Formas de organização da formação - formação a distância").

Metodologia APS

Diferentes Tipologias de Cursos e-Learning

De forma a procurar algum nível de uniformização, a APS definiu uma "taxonomia base" de diferentes níveis de Interatividade em cursos de e-Learning.

Cada um dos três níveis identificados é analisado sob o ponto de vista de sete categorias: Design Ecrãs - Interface, Multimédia, Interatividade específica, Navegação, Exercícios do curso, Avaliação e Funcionalidades específicas do Curso, existindo ainda um conjunto de catorze características transversais que deverão estar presentes na abordagem aos três níveis.

 

Diferentes Níveis - Características Transversais:
Em qualquer das abordagens referidas (níveis 1, 2 e 3), deverão estar presentes as seguintes premissas:

  1. Bom nível de Estruturação do curso, com visão geral dos objetivos gerais e específicos, Curso organizado em Módulos, Tópicos, Subtópicos e Páginas de conteúdo; Uma boa organização dos conteúdos influencia positivamente a aprendizagem;
  2. A densidade de informação acessível a cada momento (em cada ecrã) - não submeter os utilizadores a uma carga de informação excessiva (evitar o "cognitive overload");
  3. Apresentação do conteúdo de uma forma simples, clara, atrativa, de fácil acesso e apreensão e que facilite a identificação dos formandos com as situações retratadas no curso e sua respetiva aplicabilidade;
  4. Preveja uma abordagem pedagógica tendo em conta a especificidade de estilos cognitivos e de aprendizagem diferenciada;
  5. Consistência e adequação aos princípios de usabilidade na construção dos ecrãs, especificamente ao nível da combinação de elementos (função e tipo), legibilidade, uso da cor, mecanismos de navegação, etc.;
  6. Disponibilização de "Learning Points", isto é, "Milestones" de Aprendizagem;
  7. Disponibilidade de tópicos de Introdução às temáticas, com indicação de objetivos a atingir no final da formação, de Sumários e Pontos que permitam a recapitulação e síntese dos pontos chave;
  8. Que preveja estratégias de motivação, especificamente ao nível da atenção, relevância, confiança e satisfação;
  9. Que preveja os princípios de aprendizagem (Cf. Merrill) ao nível do problema, ativação, demonstração, aplicação e integração;
  10. Disponibilização de Ferramentas de Exploração do curso tais como Mecanismos de ajuda, Sistema de orientação, Sistema de pesquisa;
  11. Além dos mecanismos específicos de navegação em função dos níveis, possuir indicações permanentes, para o formando do ponto do curso em que se encontra, bem como dos tópicos e módulos realizados e ainda por realizar;
  12. Disponibilidade de um Módulo de Navegação explicativo de todas as funcionalidades disponíveis no curso;
  13. Disponibilização de documentos de trabalho, formulários, procedimentos, que suportem ou exploram os conceitos apresentados em cada módulo;
  14. Apelo aos níveis de aprendizagem de Conhecimento, Compreensão, Aplicação, Análise, Síntese e Avaliação (Cf. Taxonomia de domínio Cognitivo, de domínio afetivo e de domínio psicomotor).

A Associação Portuguesas de Seguradores é uma associação sem fins lucrativos, constituída nos termos da lei para defesa e promoção dos interesses das empresas de seguros e resseguros. O conjunto dos Associados da APS representa atualmente mais de 99% do mercado segurador, quer em volume de negócios, quer em efetivos totais empregados.
 

    Associação Portuguesa de Seguradores

Definições de Privacidade